App deteta sinais precoces de Parkinson

Os primeiros sinais da doença de Parkinson são subtis e difíceis de detetar. Também não há exames eficazes no início da doença, pelo que o problema pode desenvolver-se ao longo de anos, sem que se dê por isso. E quanto mais tarde se apanha, pior será a condição física do doente.
Quedas, depressão, perturbação emocional que pode levar à depressão, são alguns dos riscos que um doente com Parkinson corre. Daí que uma intervenção precoce seja, como é lógico, a melhor forma de atrasar e minimizar o impacto desta doença neurológica que afeta o movimento.
Afinal, a solução pode ser tão simples como atender uma chamada telefónica no telemóvel ou mandar um SMS. Um projeto europeu, no qual participa uma equipa de investigadores da Faculdade de Motricidade Humana, está a desenvolver uma aplicação que monitoriza o comportamento dos cidadãos e que através da análise dos padrões de atividade indica se a pessoa tem Parkinson ou não. Os sinais são impercetíveis, mas depois de submetidos ao software resultam num diagnóstico claro e praticamente inequívoco.
Pretende-se que cada cidadão que aceite participar na experiência – disponível na app i-Prognosis, no sistema operativo Android – utilize o telefone normalmente. Os dados vão sendo recolhidos, analisados e quando há suspeita de diagnóstico, a pessoa recebe um aviso. Tremor e fraqueza na voz são alguns dos sinais precoces da doença, uma vez que o aparelho vocal também é afetado.
No projeto também se prevê que os doentes recebam informação sobre a doença, sugestões de estratégias de combate, como exercício físico, ajuda ao sono e jogos de telemóvel para minimizar ao máximo a perda de capacidade motora.
Todos os cidadãos europeus são convidados a participar no projeto, estando assim, por um lado contribuindo para a investigação, e por outro tendo a hipótese de aceder a um diagnóstico precoce, com uma intervenção desenhada à medida, com exercícios específicos, disponíveis também na aplicação.
Não são conhecidos os números exatos da doença, até por causa da questão da dificuldade do diagnóstico. Mas estima-se que no mundo existam mais de seis milhões de doentes. Em Portugal os dados mais recentes apontam para 180 casos, por 100 mil habitantes.
Do projeto europeu, financiado pelo programa Horizonte 2020, fazem parte 11 países.

Leave a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Contacte-nos
close slider

    Scroll to Top